
07 abr Dois impactos positivos da quarentena mundial ao meio ambiente
Recentemente os canais de Veneza ficaram ainda mais famosos. O motivo? a água dos históricos canais está simplesmente cristalina!
Das águas cristalinas à óbvia queda na poluição concentrada das grandes metrópoles, cada dia que passa a quarentena nos mostra de forma extremamente explícita nossos impactos cotidianos ao meio ambiente.
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Entretanto, em um momento que quase todo o mundo propaga notícias ruins e, de certa forma, assustadoras. O mundo vive um período de “respiro” no que diz respeito a poluição habitual. Com certeza é uma oportunidade única para as gerações mais novas apreciarem, momentos como esse se tornarão cada vez mais raros.
Desafiando todo e qualquer raciocínio de que não somos responsáveis pela crise climática no planeta, três efeitos da quarentena no meio ambiente já podem ser sentidos e vistos, comprovando que há sim esperança na mudança – só precisamos agir. E vale ressaltar: não é o planeta que está em crise, o planeta de uma forma ou de outra vai sobreviver, quem está em risco somos nós.
Primeiro efeito positivo
A primeira notícia, que viralizou nas redes sociais, vem da Itália: os famosos canais de Veneza, que têm suas águas lamacentas por conta da alta circulação de gôndolas de turistas que reviram o leito, voltaram a ter água cristalina.
Foto: Andrea Pattaro/ AFP
“A água agora parece mais clara porque há menos tráfego nos canais, permitindo que o sedimento permaneça no fundo”, explicou um porta-voz da prefeitura à CNN. Com isso, peixes se multiplicando nadando ao fundo voltaram a ser vistos, coisa que não se via há muito tempo!
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Qualidade do ar x impactos positivos na quarentena
Além disso, foi reportado em diversos lugares uma melhora significativa da qualidade do ar. É meio que óbvio, mas ainda sim, merece nossa celebração! mesmo que por um curto período respiraremos um ar um pouquinho menos poluído.
Toda a poluição emitida diariamente pelos carros foi basicamente reduzida a zero, e não só isso! A indústria também reduziu significativamente a rotina de trabalho, portanto, seus impactos ao meio ambiente.
Na China e na Itália, regiões violentamente impactadas pela COVID-19, cientistas já confirmam: os níveis de dióxido de carbono e dióxido de nitrogênio no ar diminuíram drasticamente.
“O dióxido de carbono é diretamente ligado a atividades industriais, produção elétrica e transporte, então tudo que afeta estes setores vai afetar os gases de efeito estufa”, explicou Christopher Jones, da CoolClimate Network, um consórcio de pesquisas da Universidade da Califórnia, em Berkeley à Vogue.
Abaixo, as imagens da Nasa mostram a diminuição de dióxido de carbono no ar da China ao longo de dois períodos: primeiro, antes da quarentena, de 01 de janeiro a 20 de janeiro e, depois, durante a quarentena, de 10 de fevereiro a 25 de fevereiro.
Em São Francisco, Estados Unidos, a população também sente a diferença. Lá, grande parte da população está confinada, como se observa em São Paulo como resultado a concentração média de material particulado (poluição) diminuiu cerca de 40% só nos últimos dias. Em Nova York, o novo epicentro mundial, a queda foi de 28%.
Experts, porém, afirmam que as reduções são passageiras: quando os países voltarem às suas rotinas normais os números subirão, talvez até aumentem.
Mas o que podemos tirar disso tudo é: quando tudo passar, a crise, a quarentena, quando voltarmos às ruas, será que ainda enxergaremos esses impactos? Lembre-se, quem está em perigo somos nós.